Desde que entrámos na escola
aprendemos muitas palavras mas uma das mais importantes é a palavra
"Biodiversidade" que já sabemos bem explicar!
Para conhecer bem a biodiversidade que
nos rodeia e também para identificar ameaças, não há nada melhor do que uma Saída
de Campo!
Na nossa primeira Saída de Campo, com alguns
equipados a rigor com galochas e luvas, ficámos a conhecer uma das principais invasoras que temos e que
é urgente tentar controlá-la para que não ocupe tudo. Ao ver as sementes
pequenas e leves percebemos como é fácil ela espalhar-se. Esta planta é a erva-cortadeira ou erva-das-pampas. Olhem que o nome
dela não engana, as suas folhas cortam mesmo! A professora tinha uns sacos
grandes de plástico e uma tesoura de poda para recolhermos as sementes e
destruí-las depois num forno.. Pelo caminho fomos conhecendo algumas
espécies autóctones, as do nosso país, e outras invasoras e até infestantes, as que não deveriam
cá estar...
A primeira observação foi para a junça, uma planta que até
parece de jardim mas que é infestante.
Logo a seguir encontrámos autóctones numa fila de primos Quercus os carvalhos e os sobreiros.
Pertinho deles estava outra autóctone,
um grande medronheiro.
Um bocadinho atrás vimos outras
invasoras, os eucaliptos. A professora
perguntou se achávamos que os pássaros gostariam mais de fazer um ninho nos
eucaliptos ou nos carvalhos e ninguém teve dúvida! Nos carvalhos, claro, que
tinham muito mais folhas!
Veio a parte mais divertida na subida do
monte! Tínhamos que pisar o mato, na maioria urze, aquela planta que na
primavera dá uma cor rosa ou roxa aos montes mas agora quase não as tem.
Lá no cimo, junto a uma zona onde se
costuma formar um charco com as águas da chuva encontrámos mais uma autóctone,
o salgueiro, uma árvore que gosta muito das margens dos rios mas também vai aparecendo
nos montes.
Junto a essa árvore vimos um saltote que pousou nas
costas da Ana Matilde!
A zona do charco estava muito húmida, com muitos musgos e outras pequenas plantas que a professora fotografou com a lupa no telemóvel...e pudemos ver aí muitas marcas de coelhos, uma toca enorme e muitos excrementos. Achámos um bocadito estranho ouvir a professora dizer que os coelhos comem os seus excrementos e houve muitos narizes torcidos!
Tivemos ajuda do professor Ângelo,
representante da APRISOF, uma associação de defesa do rio Sousa, que nos vai
acompanhar em algumas atividades este ano. Enquanto os professores preparavam
tudo para começarmos o corte, fomos explorando o que nos rodeava.
Fomos então cortar as plumas da erva
cortadeira. O professor Ângelo tinha uma rede que servia para puxar para nós as
plumas. Cada um pode cortar uma e os sacos ficaram cheios! O professor foi
cortar as que estavam em sítios mais perigosos.
Para nos mostrar como as folhas podem
ser perigosas, a professora pegou num papel e o professor cortou-o com a folha,
como se fosse uma serra!
Voltámos para a escola com a mesma
energia, respondendo às perguntas da professora sobre o que aprendemos.
Durante a saída de Campo a professora
fez um jogo: se ela dissesse o nome de uma espécie autóctone, nós levantávamos
os polegares mas se ela dissesse o de uma invasora ou infestante, os polegares
apontavam o chão. Foi muito giro fazer isto! Mais tarde, na sala, repetimos o
jogo e até decidimos juntar uns sons para cada gesto!
A Natureza é mesmo a melhor sala de
aula!
Pais, testem os nossos conhecimentos e
façam-nos perguntas! Vão aprender muito connosco!
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